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Pular de um elevador em queda livre: por que não protege dos efeitos da queda?

Olá. Vejo muitos artigos em sites dizendo que  saltar um pouco antes do elevador em queda livre para se salvar é um mito. Mas analisando as leis de Newton, não consigo entender porque isso estaria errado. Quer dizer, basta exercer uma força maior que o peso (algo que é possível) e isso evitaria sofrer o impacto. Tá errado?

Respondido por: Prof. Fernando Lang da Silveira - www.if.ufrgs.br/~lang/

Um sujeito ao saltar consegue no máximo imprimir ao seu corpo uma velocidade de alguns poucos metros por segundo em relação ao piso contra o qual se impulsiona.

Suponhamos que um elevador tenha despencado em queda livre da altura de alguns andares, chegando então ao solo com uma velocidade de mais de uma dezena de metros por segundo.

Se um passageiro, um pouco antes da colisão com o solo, se arremessar para cima em relação ao piso do elevador, imprimindo uma velocidade com valor de poucos metros por segundo em relação ao piso, em relação ao solo continuará descendo com uma velocidade com valor um pouco menor do que à velocidade do elevador. Desta forma o piso do elevador impacta o solo um pouco antes que o passageiro impacte o piso. Na prática a colisão do passageiro com o piso se dá com a mesma velocidade que o passageiro adquiriria se tivesse se precipitado em queda livre de um altura um pouco menor do que aquela de onde iniciou a queda do elevador.

Portanto, “saltar um pouco antes do elevador em queda livre para se salvar é um mito” de fato.

“Docendo discimus.” (Sêneca)


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