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Passageiro com o braço para fora do automóvel durante um raio

Se o campo elétrico é nulo no interior do condutor apenas quando ele está em equilíbrio eletrostático, conforme a postagem Não seria possível aplicar a Gaiola de Faraday nos presídios para evitar o uso de celulares, o que efetivamente nos impede de sermos eletrocutados quando um raio cai sobre o carro? Seria pela alta condutividade da lataria do carro, comparado com o interior? Se estivéssemos com um braço pra fora da janela nesse momento, o braço poderia ser percorrido por alguma corrente?

Respondido por: Prof. Fernando Lang da Silveira - www.if.ufrgs.br/~lang/

Durante a descarga a elevada condutividade elétrica da estrutura metálica do automóvel determina que as correntes elétricas aconteçam preferencialmente nesta estrutura e não nos materiais com alta resistividade internos ao carro, explicando assim a razão pela qual devemos optar por estar dentro do automóvel e não fora dele, ao ar livre, quando há risco de raios. Ou seja, a proteção contra descargas elétricas dada pela gaiola de Faraday não pode ser entendida completamente apenas no domínio da Eletrostática.

O braço para fora janela durante um raio ou quando por acidente um fio de alta tensão entra em contato com o automóvel, coloca em risco o passageiro. Vide mais em Automóvel em contato com fios de alta tensão.

“Docendo discimus.” (Sêneca)


2 comentários em “Passageiro com o braço para fora do automóvel durante um raio

  1. Renan disse:

    Aproveitando o assunto de raios venho sanar uma curiosidade: certa tarde de chuva ao observar a formação de relâmpagos, percebi que os maiores ou mais próximos regradamente precediam um aumento no volume de chuva. Qual seria a relação física da descarga elétrica com o aumento da precipitação?
    O aquecimento do ar causado pelo raio não deveria evitar tal fenômeno? Ou este efeito é superado pelo aumento da pressão pela onda de choque propagada?

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