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O céu noturno não muda ao longo do ano! Será mesmo?

Ola Professor, tenho uma pergunta de observaçao, sou terraplanista leigo em astronomia, é que observo os ceus todos as noites do ano e vejo o mesmo cenario, as mesmas constelaçoes, fazendo a terra movimento de translaçao numa viagem ao redor do sol, nao deveria eu ver um cenario diferente ao longo do ano? tambem morei no hemisferio norte e pude observar um teto maior do ceu, morei nos EUA e fui ao Canadá pude observar bem estrela polar e movimentaçao das constelçoes, tambem estive em Santa Maria no Rio Grande do Sul e observei o céu e nao consigo entender oque vejo. parece um pouco estranho e nunca alguem conseguiu me dar uma resposta racional e satisfatoria para minhas observaçoes e com certeza o senhor tambem nao.

Respondido por: Prof. Fernando Lang da Silveira - www.if.ufrgs.br/~lang/

As tuas observações estão equivocadas, foram mal feitas e levianas. Observas muito mal, como todos os terraplanistas! Se de fato  “nunca alguem conseguiu me dar uma resposta racional” é porque nunca perguntaste a alguém com conhecimentos elementares de Astronomia. A segunda parte, “e com certeza o senhor tambem nao“, será elucidada a seguir.

O céu noturno tem aspectos diferentes ao longo do ano e este conhecimento observacional já existia na Antiguidade. Algumas constelações são observadas em determinadas estações e não em outras conforme podes te informar em Constelações de cada estação .

Além do aspecto do céu noturno mudar ao longo do ano, o que vemos no céu também depende da latitude, ou seja, o aspecto do céu no mesmo momento é diferente em diferentes latitudes. Exemplificando, tu viste a estrela Polar no hemisfério norte mas não a vês aqui no sul. Já o Cruzeiro do Sul, avistado no hemisfério sul somente é avistado no hemisfério norte, perto do horizonte, na região tropical.

Outra diferença importante entre os dois hemisférios está no movimento que observamos para as estrelas ao longo de uma noite pois elas giram em torno do polo norte celeste (no hemisfério norte) em sentido anti-horário e em torno do polo sul celeste (no hemisfério sul) em sentido horário.

Quanto a ser o “teto” do céu maior em um hemisfério do que em outro é mais um grosseiro erro de avaliação, possivelmente um viés de confirmação decorrente de concepções relacionadas ao domo que cobre a mítica Terra Plana.

Então a resposta racional para as tuas observações é que não sabes, ou pior, talvez não queiras observar de fato. Se tiveres oportunidade não deixa de assistir a uma apresentação do Planetário da UFRGS ou em qualquer outro planetário.

As tuas “observações” das estrelas não aconteceram como se espera de um bom observador e as tuas afirmações são apressadas e sem critérios, portanto levianas, como costumam ser as afirmações dos terra-chatos. Lamentável que alguém que alega ter viajado para outras partes do mundo aja dessa forma; entretanto sempre há tempo para aprender quando assim se deseja! Sugiro que baixes o livro de meus colegas astrônomos, professores Kepler e Maria de Fátima: Astronomia e Astrofísica.

Vide também Por que as estrelas não mudam de lugar se a Terra corre tanto?

“Docendo discimus.” (Sêneca)


92 comentários em “O céu noturno não muda ao longo do ano! Será mesmo?

  1. Também recomendo o uso de um planetário virutual, como o Stellarium (http://stellarium.org/pt_BR/), que ajuda a identificar os astros que estamos vendo e, portanto, perceber as mudanças no céu noturno real.

  2. Prof. Horacio Alberto Dottori (IF-UFRGS) disse:

    Existem no hemisfério sul duas constelações importantes, para verificar como muda o céu: Orion, predominante no verão e o Escorpião, no inverno. Se observar ao longo do semestre nesta época, verá Orion se pondo mais cedo e Escorpião aparecendo cedo. Siga a posição do Escorpião numa mesma hora durante 2 ou 3 meses e verá que ele nesse horário está cada vez mais alto no céu. O exercício seria :
    1-identifique o Escorpião.
    2-verifique sua altura.
    3- faça o mesmo exercício cada 15 dias durante 3 meses.
    4- tire conclusões!

    • TARCÍSIO DO ROSARIO DE SOUZA TAVARES disse:

      Na minha opinião o Professor foi duro porém deu um show.
      Mas essa pergunta também foi de última.

      • Jah Bruno disse:

        Professor arrogante e totalmente enganado… como dizia um ansião no caribe “já andei por diversas universidades, escolas, entre cientistas, astrofísicos, etc… e vi que quanto mais eles estudam, mais longe da verdade eles ficam” procure os discursos de Vaughn Benjamin e tenham uma aula de ancestralidade, astronomia, etc…

        • Fernando Lang disse:

          Um ancião no Caribe, se estiver de fato interessado na verdade astronômica, observaria o céu ao longo do ano e facilmente aprenderia que o céu muda! Mas um anSião terra-chato não investigaria a aparência do céu com medo de que ela refutasse o delírio sobre uma mitológica Terra Plana. A propósito de Vaughn Benjamin que morreu com apenas 50 anos de idade, qualificá-lo como ancião (ou pior ainda, anSião) é um engano tão grande quanto afirmar que o céu não muda ao longo do ano.

        • carlos disse:

          “Ansião” kkkkk

  3. Fernando Lang disse:

    Se ele tivesse observado de fato, não faria afirmações sem base. Portanto foi leviano em minha opinião.
    Leviano
    adjetivo substantivo masculino
    1. que ou aquele que julga ou procede irrefletida e precipitadamente, que ou o que age sem seriedade.

    • Leo disse:

      Como ele próprio disse e com muita educação “sou leigo”. Não havia necessidade de chamá-lo de leviano. Como professor, no quesito à educação, o Sr me pareceu muito baixo quanto ao seu nível de resposta. Entrei aqui procurando uma resposta parecida. Infelizmente não é só a saúde do Brasil que está doente; a educação de nossos professores também (não generalizando).

      • Fernando Lang disse:

        Ele foi (no mínimo) leviano sem dúvida pois quem observa de fato o céu em épocas diferentes do ano SABE que ele muda. Agricultores leigos, com pouquíssima instrução, SABEM isso. Observadores dos céus há milhares de anos SABEM isso porque observaram cuidadosamente.
        Um sujeito que alega ter observado os céus em épocas diferentes e em latitudes diferentes (em ambos os hemisférios!), percebendo sempre a mesma configuração celeste é, para dizer o mínimo, leviano ou pior ainda, desonesto negacionista como é o padrão dos terra-chatos.
        De fato há doenças cognitivas prosperando no Brasil e fora dele: variadas formas de negacionismo, de fideísmo, de irracionalismo, de fundamentalismo religioso tacanho e reacionário, …, sendo a Terra Plana um exemplo contundente da idiotice no século XXI.
        Vide mais em Mítica Terra Plana.

        • Márcio Marques disse:

          Não foi respondido adequadamente, talvez devido a pergunta não ter sido melhor elaborada. Também tenho essa dúvida e ainda não encontrei uma resposta satisfatória, dizer que é a distância dessas estrelas, não é satisfatório do ponto de vista de observação pura e simples.
          Não sou terraplanista, mas vou tentar elaborar melhor essa pergunta.
          A terra gira em torno do Sol, estou no hemisfério sul, a noite eu olho para o espaço, de Costa para o sol, pois o sol está do outro lado da terra, e vejo um conjunto de estrelas. Ok. 6 meses depois, a terra circundou o sol e agora está do outro lado do Sol, eu olho para o espaço e vejo o mesmo conjunto de estrelas. Ora, sabendo que a luz do sol atinge a terra pela linha do Equador, se traçarmos um paralelo entre o sol EA terra, veremos em 6 meses, um novo espaço sideral acima de nossas cabeças ou o espaço sideral está girando junto com a terra em torno do Sol? Repito, só encontrei, mesmo na internet, teorias e explicações sem dados práticos e nenhum diagrama representando esse evento, gostaria muito de ter uma certeza absoluta sobre esse tema

          • Fernando Lang disse:

            Se observares o céu noturno em um momento e seis meses depois, não verás a mesma coisa. Ou não leste a postagem e os comentários, ou se leste, não entendeste. E evidentemente não observaste o céu noturno nos dois momentos.

          • Bruno São Carlos SP disse:

            Exatamente isso cade o outro céu kkkk ninguem responde isso, o q está nas costas que nós não conseguimos observar?!

          • Fernando Lang disse:

            Não saber e perguntar é o caminho para aprendizagem. Mas rir da própria ignorância é uma das características dos crentes no mundo chato coberto pelo Domo da Ignomínia Religiosa.

          • Suponha que você esteja na linha do Equador. Se você observar o céu hoje, à meia-noite, você estará olhando para o sentido oposto ao do Sol. Você verá um determinado conjunto de constelações. Daqui a seis meses, também à meia-noite, você estará olhando para a outra metade do Universo. É um outro conjunto de constelações, não o mesmo. Portanto, o céu muda, sim, depois de seis meses e, se você estiver no Equador, ele vai mudar totalmente.
            Algo diferente acontece nos polos. Em cada polo você vai ver somente uma metade do Universo, já que as estrelas parecem girar paralelamente ao horizonte, sem nascer nem se pôr. Você nunca vai ver as estrelas da outra metade do céu, que são vistas do outro polo.
            Perceba agora por que os terraplanistas estão enganados: se de cada polo só vemos uma região do céu que tem o tamanho do domo da terraplana, conclui-se que o céu todo tem o tamanho de dois domos. O céu do mundo real não cabe no domo imaginário da terraplana. Uma metade do céu fica de fora.

        • Ana disse:

          Muito deselegante. Vergonha pra outros professores. Professor tem que tirar dúvida e não humilhar.

          • Fernando Lang disse:

            Elegante foi esse comentário: nunca alguem conseguiu me dar uma resposta racional e satisfatoria para minhas observaçoes e com certeza o senhor tambem nao. Não é? 😉
            E a dúvida foi tirada e depois esmiuçada. Não entendeste?

      • Jorge Barreto disse:

        Trabalho com educação há 25 anos. Desde alunos que foram esfaqueados na porta da escola por serem marginais, até os que estão enchendo as universidades e são empresários e a ignorância que nos devolvem os que não PRESTAM ATENÇÃO aos nossos esforços é desconcertante. Fora os que desafiam o conhecimento que forjamos décadas a fio com suas crendices iniciáticas. A pergunta veio em tom de MOLECAGEM e vc está de MI MI MI. LEVIANO SIM! Leviano. Esse é o têrmo preciso. Não conhece a própria língua e quer desfiar sobre as estrelas. Ninguém merece! Obrigado professor, pela resposta e o exemplo de educação e sinceridade. A ignorância não é o problema, a pretensão sim. Obrigado por apontá-la aos incautos. Quem não gostou que se esfalfe em bílis.

      • Tiago Moraes disse:

        Com muita educação ele disse que era leigo e com muita falta de educação ele disse que certamente o professor ao qual ele dirigiu a pergunta não resolveria a dúvida dele.

        • Fabio Neves de Freitas disse:

          O título “professor” pressupõe um estado de dignidade. De um professor não se espera uma resposta de discussão de mesa de bar.

  4. Alexandre disse:

    Não encontrei o nome do autor da pergunta, mas entendi a sua dúvida, que também é a minha. Em outras palavras, considerando que orbitamos também o centro da galáxia, por que em uma estação do ano não vemos o centro da via láctea e na estação oposta à periferia da mesma? (Ou pelo menos um cenário completamente diferente) Imagino que o plano do disco orbital do sistema solar esteja em um ângulo diferente do plano orbital da nossa galáxia… seria isso? Desculpem se a pergunta parece muito básica, mas a resposta do arrogante professor não foi suficiente para dirimir esta dúvida. Obrigado pelos esclarecimentos.

    • Fernando Lang disse:

      Apesar de teres dúvidas não elementares, se de fato quisesses seriam facilmente sanadas em uma rápida pesquisa em materiais de Astronomia disponíveis na web. Por exemplo, em Aparência da Via Láctea encontras o seguinte:
      “A partir da posição do Sistema Solar,a Via Láctea forma uma faixa brilhante que se estende por 360° ao redor da esfera celeste. De fato a maior parte das estrelas não pode ser definida visualmente, de forma que suas luzes são combinadas em uma luminosidade difusa, cuja distribuição é extremamente irregular. O plano galáctico é inclinado cerca de 60° em relação à eclíptica, fazendo com que a galáxia cruze tanto constelações do hemisfério celeste norte quanto do sul e que, portanto, possa ser vista de qualquer lugar do mundo. O polo galáctico norte localiza-se na constelação de Coma Berenices, enquanto o polo galáctico sul encontra-se na constelação de Escultor.” De uma estação para outra, conforme já posto na resposta inicial, muda a aparência do céu noturno e percebemos regiões diversas do universo que nos cerca.

      O conhecimento é uma conquista pessoal que requer esforço na superação da indolência intelectual e do fideísmo barato.

  5. Fernando Motta disse:

    Estou vendo uma imagem, em uns do polos provavelmente, e vejo uma circunferência perfeita na trajetória das estrelas, mostrando que a terra esta girando (ou as estrela) mas não velo o suposto movimento de translação ao redor do sol, porque não vemos a composição do movimento rotação+translação?

    • Fernando Lang disse:

      A foto da postagem registra no deserto de Atacama os “trajetos das estrelas” (startrails) ao redor do polo sul celeste. Mais detalhes sobre a foto em Wikipedia.

      O movimento de translação determina muito pequenas mudanças no céu ao longo de apenas alguns minutos (usual tempo de exposição em tais fotos) ou até horas. As mudanças decorrentes da translação da Terra em torno do Sol podem ser evidenciadas na observação do céu em momentos diferentes do ano.

      A foto que segue foi realizada pelo engenheiro de voo Don Petit a bordo da ISS.
      Foto realizada pelo engenheiro de voo Don Petit a bordo da ISS.
      Star trail composite image created by International Space Station Expedition 30 crew member Don Pettit using images ISS030E271722 through ISS030E271757. Expedition 30 and Expedition 31 Flight Engineer Don Pettit provided information about photographic techniques used to achieve the images: “My star trail images are made by taking a time exposure of about 10 to 15 minutes. However, with modern digital cameras, 30 seconds is about the longest exposure possible, due to electronic detector noise effectively snowing out the image. To achieve the longer exposures I do what many amateur astronomers do. I take multiple 30-second exposures, then ‘stack’ them using imaging software, thus producing the longer exposure.”

    • Fique de pé, parado e olhando para o céu estrelado. Agora realize dois testes:
      1) Gire seu corpo no mesmo lugar. Note que as estrelas parecem girar em torno de um ponto parado que fica acima da sua cabeça. Outro ponto parado está abaixo dos seus pés, mas você não vê porque a Terra está entre ele e você. Conclusão: a rotação é facilmente perceptível a olho nu.
      2) Ande sempre para a frente numa rua reta, sem girar seu corpo. Note que agora o céu fica sempre do mesmo jeito. Ele não muda com o simples deslocamento retilíneo porque as estrelas estão muito distantes. Conclusão: a translação é imperceptível a olho nu.

  6. Paulo F. Gonçalves disse:

    Eu sou autodidata em Astronomia, e faço minhas observações e estudos buscando uma base de documentos renomados da área. Se tenho uma dúvida, procuro primeiro algum indício comprovatório para sanar minha dúvida para não antes me passar por ignorante (terra-chatos kkk). Realmente a dúvida do caro senhor é pertinente, porém como ele mesmo disse “sou leigo em astronomia”. Se tivesse um pouco mais de orientação sobre o assunto, não faria tal pergunta, pois as observações dele seriam bem mais criteriosas e questionamentos mais válidos. Como leigo em determinado assunto posso ter dúvidas, mas não ouso questionar fatos já estudados e comprovados cientificamente.

  7. jonas disse:

    A cada três meses deveríamos ver constelações diferentes, n preciso ser terra planista para ter um ponto de vista diferente do teu, pq sou livre para discordar de tudo que me dizem sem provas, o homem foi a lua, pode ter ido sim, mas n me convenceu, deixei de fazer parte da sociedade só pq n entrei no grupo de donos da verdade que dizem que o homem já foi lá? me desculpa mas eu tenho o direito de discordar ou ter uma opinião diferente.

    • Fernando Lang disse:

      Aposto que és terraplanista!! ?

      Ou não leste a postagem ou não a entendeste pois a mudanças nas constelações visíveis acontecem ao longo do ano. Faz um pequeno esforço cognitivo e lê com cuidado a postagem. Até os geocentristas de Terra esférica SABIAM (séculos antes de Cristo), porque observavam, que o céu noturno se modificava ao longo do ano.

  8. Alessandro disse:

    Entendi perfeitamente a pergunta, e como sempre a resposta dada pelo professor não convenceu.
    Simplificando : Se estivéssemos viajando pelo espaço, a posição das estrelas com certeza teria mudado desde quando começaram a ser catalogadas. Algumas deixariam de serem vistas e outras apareceriam no cenário.
    Mas não mudam nunca. Desde que o mundo é mundo, ano após ano vemos as mesmas estrelas, fazendo sempre o mesmo caminho pelo céu.

    • Fernando Lang disse:

      É lamentável que os ignorantes não pesquisem um pouco antes de afirmarem besteiras do tipo “Se estivéssemos viajando pelo espaço, a posição das estrelas com certeza teria mudado desde quando começaram a ser catalogadas. Algumas deixariam de serem vistas e outras apareceriam no cenário.”

      Devido aos movimentos da Terra em relação às estrelas há modificações nos céus. Seguem alguns exemplos:

      – Na antiguidade clássica a Estrela do Norte (ou Polaris) não era a Alfa de Ursa Menor como atualmente mas a Beta de Ursa Menor. Mais detalhes em Estrela Polar.

      – O Cruzeiro do Sul era visível até na Bretanha em IV a.C. Hoje não é visível nessas latitudes. Mais detalhes em Cruzeiro do Sul.

      – Em 1838 pela primeira vez os astrônomo Friederich Bessel mediu o paralazxe estelar consequente da translação da Terra em torno do Sol. Vide mais em Paralaxr estelar.
      Paralaxe estelar

      • Belarmino disse:

        Por todos os movimentos da terra, acho que a mudança das estrelas são poucas ou quase nada, diante de tantos “giros” em altíssima velocidade que nosso planeta dá.
        E não me chamem de ignorante, pois estou sendo sensato.

        • Fernando Lang disse:

          Não ultrapassas o achismo! Se o planeta gira em altíssima velocidade, a velocidade do ponteiro das horas de um relógio é fantástica então pois ele gira duas vezes mais rápido. Grande sensatez! ?

          • ISRAEL DE CASTRO BARBOSA disse:

            Não me parece justo medir a distância em voltas…… A circunferência de um relógio de pulso é… 10 cm? 12 cm? um relógio de parede tem 50 cm de circunferência… e ainda pequena desse jeito o ponteiro das horas leva 12 horas pra percorrer esses 10, 12 e 50 cm. A circunferência da terra é 40000 Km? transforma isso em centímetros e ainda sim a rotação dela leva somente 23h 56min 4s…. Não entendi de onde você tirou que o ponteiro do relógio é mais rápido do que a rotação da terra!

          • Fernando Lang disse:

            A referência a “diante de tantos “giros” em altíssima velocidade” está agora sendo aplicada ao ponteiro das horas. Ou seja, como ele dá duas voltas enquanto a Terra dá apenas uma, a velocidade angular do ponteiro deve ser considerada altíssima. E é de fato?

            Adicionalmente, quando se estuda um pouco de Mecânica se aprende (desde o século XVII!) que o que interessa para os efeitos inerciais da rotação é a frequência (em giros por minutos ou segundo) e o raio de rotação. No caso específico da Terra, no equador (onde o efeito é máximo), tal representa uma força cerca de 300 vezes menor do o peso do corpo. Então basta estudar um pouco para entender e transcender raciocínios simplórios. Vide mais em Rotação da Terra e centrifugação.

      • Andre Sousa disse:

        Neste momento de pandemia estou aproveitando para estudar de forma superficial (claro), um pouco sobre astronomia e este desenho ilustra e de forma sensacional para uma pessoa iniciante (como eu) sobre porque vemos por determinado período as mesmas estrelas. E porque nosso campo de visão fica limitado perante a grandeza do espaço. Parabéns professor!

  9. Jefferson Norte da Silva disse:

    Olá, professor! O Sr. me indicou esta postagem devido a uma dúvida questionada. Agradeço bastante por ter me respondido tão rapidamente. Professor, eu queria dizer que não sou terraplanista. Não sou um profissional da astronomia e, sim, me considero leigo quando sei que nesta área existem pessoas muito qualificadas e sou apenas um curioso (a palavra é essa mesmo). Minha dúvida tinha sido o porquê das constelações não mudarem (mas não porque eu acho que elas não mudem…como assim???). Eu sei que, como o Sr. disse, “Algumas constelações são observadas em determinadas estações e não em outras”. Disto eu não tenho dúvidas. Mas mesmo que elas mudem, essa mudança é cíclica. Posso até citar o que disse um leitor, em um dos posts acima: “Existem no hemisfério sul duas constelações importantes, para verificar como muda o céu: Orion, predominante no verão e o Escorpião, no inverno. Se observar ao longo do semestre nesta época, verá Orion se pondo mais cedo e Escorpião aparecendo cedo. Siga a posição do Escorpião numa mesma hora durante 2 ou 3 meses e verá que ele nesse horário está cada vez mais alto no céu.”
    Tá, ok! Mas é exatamente disso que estou falando. O leitor, para mostrar como o céu muda conforme às estações, e para quem observa do hemisfério sul, diz que: “Orion é predominante no verão e Escorpião é predominante no inverno”. Sim! Mas se isto acontece a cada repetição das estações, onde é que está havendo mudança nas constelações visíveis???
    No próximo verão verei Orion sendo predominante novamente. Já Escorpião, no próximo inverno, é quem irá predominar. Mas se isso se repete a cada estação, então onde está a mudança???
    Quando falo em mudança, falo em ver novas estrelas. Como é que o Sol nos carrega em sua viagem em torno da Via Láctea e não vemos novas estrelas. Não digo apenas em ver novas estrelas, e sim, por que essas constelações que já conhecemos e que se repetem a cada estação não deixam de ser vistas e dão lugar a outras, já que estamos falando de um pano de fundo gigantesco, que é a Via Láctea???
    Repito: não acredito em terraplana! Apenas tenho essa dúvida e creio que há uma explicação, mas, sinceramente, a meu ver, não foi respondida!!!

  10. Paulo Sergio disse:

    Professor, penso que a maioria das pessoas que questionam, quer respostas simples, de forma fácil de entender, bem no estilo “linguagem popular” mesmo. Então, pelo que estudei, veja se estou certo em minhas conclusões; Tudo é questão de distância, pois mesmo em movimento, não conseguimos ver mudança de posição em objetos muito distantes.

  11. Paulo Ataide disse:

    Amei os comentarios. E pensar que só vim parar aqui porque tive a impressão de ter visto uma das três Marias mais afastada de uma e mais próxima da outra.

  12. Muito bom, adorei! Não imaginava que era isso, ganhou um leitor. Obrigado! 😉

  13. Renato Ranzini Rodrigues disse:

    Olá a todos,

    Talvez esta figura da paralaxe estelar torne mais clara a translação da Terra:
    https://pt.wikipedia.org/wiki/Paralaxe_estelar#/media/Ficheiro:ParallaxeV2.png

  14. Bruno São Carlos SP disse:

    Então no polo norte eu observo as estrelas ok, se eu ir la no polo sul vou observar as mesmas estrelas?!
    Nós vemos sempre o mesmo lado da lua, mas o movimento de rotação dela é o mesmo de translação dela em volta da terra certinho, ou daqui milhões de anos o ser que estiver na terra vai avistar o outro lado dela?!

    Não sou terraplanista, mas tenho duvidas simples que não consigo achar respostas explicativas para leigos no assunto.

  15. Renato Ranzini Rodrigues disse:

    Os terrachatos (assumidos ou não), quando dizem que “estamos viajando pela Via Láctea”, estão pensando que essa “voltinha” dura alguns anos, apenas… As distâncias são imensas, inimagináveis para quem não tem mente aberta. Por isso vemos as “mesmas estrelas desde quando começaram a ser catalogadas”. Daqui uns 10.000 anos devem mudar mais um pouco de posição. Mas, para quem acredita que a Terra é plana, aceitar que o globo tem mais de 6.000 anos e que a galáxia tem aproximadamente 100.000 anos luz de diâmetro (ou seja, na velocidade da luz, para ir de um extremo ao outro levaríamos 100.000 anos) deve ser um sacrilégio.

  16. Aline Batista disse:

    Aqui é a Aline Batista, eu gostei muito do seu artigo seu conteúdo vem me ajudando bastante, muito obrigada.

  17. Pedro Hartmann disse:

    Belo texto, todo conhecimento é bem-vindo.
    Apenas uma pequeno esclarecimento sobre um detalhe: as estrelas giram em torno do polo norte celeste no sentido anti-horário, e do polo sul celeste no horário, não?

  18. Alexandre Coutinho disse:

    A duvida inicial é bem interessante.
    A resposta que eu daria é: lembre-se que há estrelas na frente do sol e estrelas atrás do Sol. Mas as estrelas que vemos durante todo o ano, elas estão acima e abaixo do Sol. Por isso são vistas todo o ano.

    • Fernando Lang disse:

      Não existem estrelas na frente do Sol. Todas as estrelas estão muito mais distante de nós que o Sol. Na frente do Sol existem apenas os planetas internos à órbita da Terra em alguns momentos do ano.
      O conceito de acima e abaixo não se aplica pois acima e abaixo é relativo à direção do fio de prumo (ou da gravidade) que muda de um local para outro da Terra. A aparência do céu noturno muda não apenas ao longo do ano mas também para locais em diferentes latitudes no mesmo momento.

  19. Olá aqui é a Madalena dias, eu gostei muito do seu artigo seu conteúdo vem me ajudando bastante, muito obrigada.

  20. Thiago disse:

    Pra mim esse professor não explicou nada, sou leigo no assunto e pra mim o que deveria mudar é o que vemos, é não muda em nenhum dia do ano, deveria haver uma época do ano em que as estrelas que vemos todos os dias estivessem atrás do sol, assim não sendo possível velas e sim outras estrelas diferentes. O dia que alguém me explicar isso aí eu acredito plenamente.

    • Fernando Lang disse:

      Observa como os antigos gregos já faziam a olho nu – incrível que alguém em pleno século XXI seja mais atrasado do que um grego antigo (risos) – e verás estrelas diferentes em diferentes épocas do ano! Ou seja, basta observares e aprenderás.

  21. Mei disse:

    Pra que isso gente. E daí se o cara foi leviano? Ele só perguntou, misericórdia. Achei grosseria, podia ter dado o show de inteligência com mais humildade.

    • Fernando Lang disse:

      Parabéns por o teres considerado leviano também. Mas o poderias ter considerado “polido e honesto” (risos) ao afirmar: “… nunca alguem conseguiu me dar uma resposta racional e satisfatoria para minhas observaçoes e com certeza o senhor tambem nao.”

      Aliás, não se necessita de muita inteligência para escrever algo que se conhece desde os Antigos Gregos Basta um pouco de estudo e se poupa dizer bobagens na internet. Mas o que se pode esperar de um terraplanista, não é mesmo?

      Vide o verbete TERRAPLANISMO na Enciclopédia Urgente.

  22. João Jahn disse:

    Olá. Li quase todos os comentários, o prof Lang tem tido muita paciência e vontade para responder. Mas aí vai minha dúvida que, segundo li, cai por terra minha ” teoria” provisória: eu entendia que nossa visão das diferentes constelações dava-se pelo fato da Terra por estar deslocando-se em torno do Sol teria alguma mudança na sua inclinação a cada 6 meses, mínima, mas suficiente para provocar a alternância das estações nos hemiférios. Bom, já entendi que não é assim. Mas seria uma explicação embora errônea, dizer que o planeta girando de forma inclinada ao redor do Sol vai durante o ano mudando essa inclinação, fazendo com que por exemplo agora em junho, no nosso hemisfério menos raios solares o atinjam e assim atingindo um pouco mais intensamente no norte nessa época. E eu achava que uma forma de provar essa mudança na inclinação para troca gradual das estações era por meio de observar que diferentes constelações são vistas em diferentes épocas do ano. Me ajudem entender melhor, por favor.

  23. Kamila disse:

    Quero parabenizar você pelo seu artigo escrito, sou Kamila de Oliveira e gostei do seu site, muito bom vou acompanhar o seus artigos.

  24. hugo disse:

    Gostei muito do seu site, vou acompanhar mais vezes ele. Parabéns pelo ótimo conteúdo. Grande Abraço 🙂

  25. w. Cunha disse:

    Todo terraplanista merece levar uma surra!!! Galileu , Giordanno Bruno e dentre outros cientistas renascentistas sofreram muito pra levar a ciência ao ponto em que estamos, pra esses caras apenas com ACHISMOS virem contestar fatos científicos.

  26. Sou a Camila da Silva, e quero parabenizar você pelo seu artigo escrito, muito bom vou acompanhar o seus artigos.

  27. Vanessa Souza disse:

    Muito bom seu artigo, gostei muito, inclusive voltarei mais vezes nesse site, obrigado 🙂

  28. Camila disse:

    Aqui é a Camila da Silva, e quero parabenizar você pelo seu artigo escrito, muito bom vou acompanhar o seus artigos.

  29. Mariana piffer alves de souza disse:

    Sou a Mariana e acho q por mais que se estudem o universo ainda sim o homen nunca vai saber tudo. Senpre haverá algo novas descobertas no mundo cientifico.

  30. Vera disse:

    Acredito que arrogância não anda de mãos dadas com ensino, quando não temos paciência para compreender e explicar tão simples pergunta é porque não sabemos expressar a verdadeira resposta.

  31. Simone disse:

    Gente! Que debate ??? adoro ler os comentários,

  32. Perguntador disse:

    Queria ano professor explicasse, como as estrelas da noite de verão podem ser as mesmas da noite de inverno? Pois a terra estaria virada para o lado oposto devido a rotação em torno do sol…
    Explica aí!

  33. Pedro disse:

    Olha, o professor realmente foi rude com ele, mas sinceramente, a pessoas que perguntou isso provavelmente não observa os céus todas as noites. Por experiência própria eu posso dizer que esse cara tá errado ao extremo. Para dar um exemplo, agora é janeiro e a meses que não vejo o Cruzeiro do Sul no céu. Outro exemplo é Orion e escorpião. A um tempo que todas as noites eu observo Orion, mas não vejo escorpião. Provavelmente, essa pessoa tá se baseando nas palavras de algum charlatão de rede social (YouTube também é rede social) que diz observar o céu todas as noites mas está apenas enganando as pessoas fazendo-lhes pensar que estão sendo enganados.

  34. Na verdade o professor respondeu de forma rude pq o rapaz diminuiu o professor ao afirmar que o professor não saberia responder a pergunta.

  35. Anônimo disse:

    O professor repete várias e várias vezes a mesma coisa. Tenta simplificar, adicionar mais informações que validam o que ele disse anteriormente e outros questionamentos também. Eu lendo consegui entender facilmente, outras pessoas fizeram mais perguntas e as minhas dúvidas subsequentes foram sanadas. Ou as pessoas não lêem com atenção, ou são burras mesmo, não é atoa que a média de QI de um brasileiro seja 88, não adianta explicar pra quem não consegue entender ou que não estudou direito, falta muita pesquisa e esforço cognitivo pra essas pessoas. Recomendo estudarem também sobre o porquê o sistema solar é plano ( gira horizontalmente, a chamada eclíptica ), o que facilitaria o entendimento de como cada sistema solar se organiza no nosso universo, é um assunto mais complexo mas pode ajudar a entender algumas coisas.

  36. Kabeha Fukuda disse:

    Gente, sou novo por aqui, mas estamos no sec XXI como o Professor ja falou varias vezes. Temos otimas fontes a disposicao. Aqui na ufrgs com o Prof. E o astrofisica do nobre casal que disponibiliza. Temos os videos do grande Joao Steiner. Temos os cursos de varios niveis de astrofisica e cosmologia do Prof Zabot da ufsc. Nao falta material. Eu por exemplo nao tenho conseguido fazer observacoes mas estudando um pouco da pra acompanhar perfeitamente o que o Prof. Lang explica exaustivamente. O comhecimento é o caminho para nao passar vergonha como esses chato-planistas insistentes. Gente duvidando do homem na Lua faz o que nesse a,biente academico? Procure as fotos dos prismas deixados la por americanos, franceses e chineses para medirmos a distancia da Lua que aumenta devagarinho.
    Parabens Professor pela paciencia e pelos links otimos que ja estou aproveitando para tirar duvidas tambem.

  37. Dr. Afonso de Villa disse:

    RETARDADOS TERRAPLANISTAS TENTANDO REFUTAR ALGO IRREFUTAVEL COM ARGUMENTOS CRIADOS POR PESSOAS COM PROBLEMA MENTAL. Top

  38. Dalmir disse:

    Eu adorei os comentários, estou rindo até agora…
    Na boa, os terraplanistas são muito chatos e sem noção. Não observam o céu coisa nenhuma e são insistentes em afirmar que as estrelas não mudam de posição durante as quatro estações do ano.
    Professor, parabéns pela aula, não tem como não entender suas explicações!
    Quem ainda tiver alguma dúvida e insistir em negar suas afirmações é no mínimo leviano ou pior ainda, desonesto.
    O senhor tem meu respeito…

  39. clinica de recuperação disse:

    Muito bom seu artigo Parabéns pelas informação

  40. Wellington Barros disse:

    As respostas do professor foram previsíveis e não atingem o cerne da questão. O fato é que não há mudança relativa nas distâncias entre as estrelas. Note-se que não estou falando da posição das estralas no céu, mas da inexistência de diferença na posição das estrelas uma para com as outras. Isso é muito estranho. Ora, mesmo estrelas pertencentes a uma mesma constelação, as distâncias entre elas chegam a milhões de anos luz. Essa diferença do observador (Terra) para dois pontos distintos no espaço (Estrelas distantes a bilhões de anos luz) deveria produzir um efeito ótico onde as estrelas mais distantes viajariam no céu em velocidades diferentes das estrelas mais próximas. Esse efeito é perceptível numa estrada, por exemplo, quando vemos as paisagens mais distantes passarem mais devagar, enquanto as mais próximas darem a impressão de estarem se deslocando em maior velocidade. Esse efeito não é visualizado no espaço e não há nenhuma resposta plausível para este fenômeno.

    • Fernando Lang disse:

      Uma simples pesquisa poderia te mostrar que a mudança na distância relativa entre as estrelas – a paralaxe estelar -, apesar de ser muito pequena, já era observável com os telescópios do século XIX:
      As primeiras medições bem-sucedidas de paralaxe estelar foram feitas por Thomas Henderson na Cidade do Cabo, na África do Sul , em 1832-1833, medindo a paralaxe de uma das estrelas mais próximas – alpha Centauri. Poucos anos depois ― 1835-1836 ― seguiu Friedrich Georg Wilhelm von Struve no observatório da universidade de Dorpat (hoje Tartu), que mediu a distância de Vega e publicou seus resultados em 1837. Friedrich Bessel , um amigo de Struve, realizou uma intensa campanha observacional em 1837-1838 no Observatório Koenigsberg para a estrela 61 Cygni usando um heliômetro (instrumento representado na figura abaixo), e publicou seus resultados em 1838. Henderson publicou seus resultados em 1839, após retornar da África do Sul.

      Desconhecer tais detalhes da história do conhecimento astronômico não é demérito. Mas projetar a sua falta de conhecimento nos cientistas revela ignorância arrogante dos negacionistas.

      Heliômetro de Bessel

    • Renato Ranzini Rodrigues disse:

      “Não há resposta plausível” que lhe convença, mas há, sim, resposta para seu questionamento. Você mesmo respondeu ao mencionar que as distâncias são enormes, mais do que podemos imaginar, e não teriam esse efeito imediato que você espera.

  41. Celia Moscon disse:

    Estou deslumbrada com o “achado”, afinal nunca nem tinha pensado no assunto e justamente hoje me veio à mente a dúvida que já foram aqui esplanadas. Uau! Só não esperava tanta intolerância por parte dos participantes. Eu confesso que sequer vejo mais estrelas onde moro, infelizmente, muito antigamente, quando criança, dormia vendo um céu estupendo de tão estrelado, agora mal vejo estrelas devido as luzes, os edifícios, sou totalmente ignorante no assunto mas já me sinto inteligente só por ter pensado a respeito e ter tido a mesma dúvida razão pela qual vim parar aqui questionando o porque vemos sempre as mesmas estrelas se o céu está em volta da terra? Na minha ignorância tentei compreender um pouco tudo o que foi dito, na verdade não tudo, porque não li tudo. Confesso que ainda assim todos contribuíram um pouco para sanar minha dúvida. Grata, por ora, vou pesquisar um pouco mais porem sem nenhuma pretensão de ser uma expert no assunto.

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