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O efeito “voz de Pato Donald” com hélio

Refração não altera frequência da onda correto? Por que então o som ao se propagar no gás hélio tem aumento de frequência? Se o som está mais agudo, logo aumentou frequência, correto?

Respondido por: Prof. Fernando Lang da Silveira - www.if.ufrgs.br/~lang/

Estou habilitado a responder esta questão graças a uma interessante discussão que tive em junho de 2016 com o amigo, Professor Renato Brito Bastos Neto (Fortaleza – CE), a quem aproveito a oportunidade para homenagear.

O efeito é interessantíssimo pois de fato a voz não muda sua frequência principal. Há um belo vídeo do Manual do Mundo onde o Iberê mede o tom (caracterizado pela frequência principal) de sua voz e mostra que não muda.

A explicação em poucas palavras é a seguinte:

É importante notar que o som se propaga mais rapidamente no hélio (e na mistura de ar e hélio) do que no ar.

O tom depende das cordas vocais e sua frequência é independente do gás que as envolve.

Entretanto o timbre decorre das frequências de ressonância das cavidades cheias de gás no nosso aparelho fonador. O tamanho das cavidades define os comprimentos de onda dos sons ressonantes; as frequências desses modos ressonantes dependem então da rapidez de propagação do som no gás que preenche a cavidade. Ou seja, com hélio as frequências correspondentes ao timbre são aumentadas.

O Prof. Renato Brito recomenda as seguintes referências para o tema:

“Docendo discimus.” (Sêneca)

 Visualizações entre 27 de maio de 2013 e novembro de 2017: 1405.


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