Enfraquecimento de imã permanente
24 de setembro, 2013 às 16:12 | Postado em Eletromagnetismo, Magnetismo, Mitos, empulhações, notícias falsas, Termologia, termodinâmica
Respondido por: Prof. Fernando Lang da Silveira - www.if.ufrgs.br/~lang/Buenas professor!
Acabo de ver um comentário seu sobre enfraquecimento ou “descarregamento” de imã permanente num tópico sobre rotores perpétuos. Eu estou iniciando um trabalho com imãs permanentes, onde iria usar o campo magnético dos mesmos para gerar energia cinética. Já deixando claro que não tem nada a ver com moto perpétuo; então, se eu por exemplo imantar um pedaço de ferro e usar o campo gerado por ele para mover um imã de neodímio, estarei gastando a energia do campo do imã permanente? Não ficou muito claro esse tal enfraquecimento.
Obrigado e boa tarde 🙂
O comentário que fiz no FB sobre o enfraqueciemento do ímã é o seguinte: Se os alegados motores magnéticos, com ímãs permanentes exclusivamente, tiram energia do campo magnético ESTÁTICO então o campo deve enfraquecer! A energia magnética no campo de um superímã de neodímio é pequena e em seguida os ímãs estariam “descarregados”!
Quando afastas o ímã do pedaço de ferro imantado (que é um ímã também) aumentas a energia magnética desse sistema graças ao teu trabalho para realizar o afastamento. Quando o ferro imantado “cai” em direção ao ímã, diminui a energia magnética do sistema e o pedaço de ferro e/ou o ímã ganham energia cinética. O campo magnético do sistema se altera, em todo espaço, quando se passa de uma configuração (os dois corpos separados) para a outra (os dois corpos próximos).
Nota que, por exemplo, no espaço que separa o ferro do ímã há um campo intenso e que depois não é mais tão intenso. Em todo o espaço o campo magnético se altera quando o ferro se aproxima do ímã, produzindo um decréscimo na energia magnética.
No caso específico dos alegados motores magnéticos exclusivamente com ímãs permanentes a configuração espacial relativa entre as diversas partes da engenhoca é recuperada depois de uma rotação. Ora, se o alegado trabalho realizado pelo motor a cada rotação saiu do campo magnético, então o campo magnético em todo o espaço deve ter diminuído. Mas a diminuição do campo magnético em todo espaço é consequente do “enfraquecimento” das fontes de campo, os ímãs de neodímio. Ou seja, a cada rotação do motor, os ímãs devem ter se desmagnetizado um pouco. Esta seria uma explicação para os alegados motores magnéticos com ímãs permanentes que NÃO viola o Princípio da Conservação da Energia. O problema para esta explicação é que a energia magnética total, associada ao sistema constituído por alguns ímãs, além de ser finita é pequena comparada com a suposta energia tirada dos motores!
Vide Como se calcula a energia magnética em um ímã?
“Docendo discimus.” (Sêneca)
___________________________________________________
Comentário no Facebook
Carlo Requião Da Cunha – Talvez fique mais fácil de trabalhar com entropia… a magnetização é resultado de um ordenamento dos momentos de dipolo internos do material. O uso do ímã nestes motores seria as custas de um desornamento destes dipolos. Assim, o material iria perdendo gradualmente sua magnetização até chegar a zero e o motor pararia. O que se extrairia de energia deste processo seria proporcional (e menor) ao que se utilizou para magnetizar o ímã – que é uma quantia muito pequena.
Visualizações entre 27 de maio de 2013 e novembro de 2017: 13125.
Bom dia, sou o Jackson, não poderia ser feito na força motora dos ímãs na rupulção um banco de capacitores equivalente sendo recarregados com um filtro de corrente transformando em não somente imãs mas em eletro imãs sendo alimentado pelo próprio sistema, na saída estaria gerando um banco de carga extra infinito a questão é a calibragem do sistema tem como fazer.
Não é possível qualquer máquina autossustentada. Vide Motos Perpétuos e Máquinas de “Free Energy”.