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Difração e interferência com três fendas

Primeiramente, gostaria de agradecer por todos os envolvidos nesse projeto que vem ajudando muitos estudantes durante anos. Um abraço especial para meu o Professor Fernando Lang, que foi meu paraninfo na formatura em Física na UFRGS.

A minha dúvida é como seriam descritos os mínimos de intensidade em uma interferência de ondas em fendas triplas. Geralmente achamos a descrição da interferência em fenda dupla e trabalhamos com difração em fenda simples, porém me surgiu a dúvida de como e se existiria alguma expressão para usarmos em interferência em fendas triplas, com um anteparo colocado a frente das fendas(como é de costume). Recordo de fazer essa atividade experimental no Instituto de Física da UFRGS, contudo não realizamos esse experimento de fenda tripla. Desde já, agradeço por toda ajuda em nome de todos os estudantes do Brasil.

Jean Pegoraro.

Porto Alegre, Rio Grande do Sul.

Respondido por: Prof. Fernando Lang da Silveira - IF-UFRGS

A análise da interferência da luz que passa pela fenda dupla, além de ter importância histórica relacionada com o experimento de Young,  apresenta os fundamentos da teoria sobre interferência. No entanto, grande parte da aplicação prática e tecnológica (por exemplo na espectroscopia) usa não apenas duas fendas, mas muitas, muitíssimas, tendendo a infinito em elementos ópticos denominados redes de difração.

Se consideramos que o experimento de difração obedeça a condição de Fraunhofer na qual o dispositivo de observação está muito distante das fendas (a uma distância que é muito maior do que o espaçamento d entre as fendas), é uma excelente aproximação admitir que os raios luminosos interferentes emergem das fendas em direções paralelas entre si e que fazem um ângulo Θ com o plano que as contem. A Figura 1 é uma representação de um aparato com três fendas das quais emergem por difração três raios luminosos, em uma particular direção, que interferirão quando sobre o dispositivo de observação (que pode ser uma tela ou anteparo branco ou fotossensores) muito distante.

Desta forma a condição geral  para interferência destrutiva nos caso de três fendas é

d senΘ =  ∓ λ(1/3 + (n-1))

ou

d senΘ =  ∓ λ(2/3 + (n-1))

onde n é um número natural.

Cabe ainda comentários sobre dispositivos com N fendas:

1 – O número de máximos secundários entre dois máximos principais contíguos é dado por (N-2) e portanto cresce o número de máximos secundários quando aumenta o número de fendas.

2 – Quando aumenta N os máximos principais apresentam intensidades cada vez maiores quando comparadas às intensidades dos máximos secundários.

“Docendo discimus.” (Sêneca)

 


2 comentários em “Difração e interferência com três fendas

  1. Jean Pegoraro disse:

    Oi,Professor. Muito obrigado pela ajuda que o senhor vem dando a todos que gostam de ciência ! Vou estudar esse seu artigo com muito carinho.
    Grande Abraço

  2. Jean Pegoraro disse:

    Muito obrigado, professor !!! Fantástico a sua abordagem, essa explicação sua tem um valor altíssimo. Li todo ele e vou estudar ainda mais, mais uma vez obrigado !

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