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Conforto térmico na questão do ENEM 2021

Olá, saudoso professor Lang. Tudo bem?

Eu fiz a prova azul do Enem nesse domingo, 28/11/2021 e na questão 125 eu fiquei um pouco entre a letra B e a letra E.
Acabei marcando a letra B por já ter lido diversas vezes que de fato o suor apresenta dificuldade em evaporar quando a umidade relativa do ar está alta. No entanto, fiquei pensando se a letra E poderia ser uma alternativa viável também. Ela não pode estar certa, pois não dá para garantir que atingiu a saturação?

Desde já, agradeço!

Segue a questão abaixo.
Respondido por: Prof. Fernando Lang da Silveira - IF-UFRGS

A condensação acontece em uma superfície “fria”, isto é, em uma superfície que se encontra abaixo da temperatura do ar. Quanto mais alta a umidade relativa,  tanto menor deve ser a diferença de temperatura entre o ar e a superfície fria para que haja acúmulo de líquido. Veja a discussão na postagem Umidade relativa: o que é e como se determina?

Então, para que ocorresse a condensação do vapor de água na pele, a temperatura ambiente deveria ser maior do que a temperatura da pele, além de a umidade relativa ser grande.

É portanto possível que em uma condição especial (não sempre!) até ocorra condensação de vapor de água na pele. Entretanto a raiz da questão exclui tal possibilidade pois afirma que a temperatura ambiente é inferior à temperatura corporal dos personagens.

Finalmente, a Figura 1 representa a região de conforto térmico para humanos. Observa-se que em temperaturas bem abaixo  da temperatura da pele (a temperatura da pele é inferior a 36°C em condições não febris), digamos 27°C, o desconforto térmico acontece, segundo o gráfico da Figura 1, com umidade relativa igual ou superior a 80%. Nesta situação não há condição para o vapor de água condensar sobre a pele, sendo a causa do desconforto  “a dificuldade do suor para evaporar“.  Observa-se também que o desconforto térmico ocorre, mesmo com baixa umidade relativa em temperaturas superiores a 31°C.

Desta forma, a alternativa B é a melhor alternativa!

“Docendo discimus.” (Sêneca)

 

 


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