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Para onde vai a energia liberada em uma explosão no vácuo?

Boa Noite, tendo como certo que uma onda sonora não se propaga no vácuo, citando um exemplo de um carro espacial explodindo no espaço, o que vai acontecer com a energia emitida pela essa fonte, já que por onda não haverá propagação ?

Respondido por: Prof. Fernando Lang da Silveira - www.if.ufrgs.br/~lang/

Os explosivos químicos se caracterizam por serem substâncias sólidas ou liquidas que durante a reação química que constitui a explosão se transformam em grande parte em gás. Além disso, esta reação é muito rápida, resultando em gás em altíssima temperatura e enorme pressão, ocupando inicialmente um volume semelhante ao que a substância antes da reação ocupava. A seguir este gás aquecido e em alta pressão se expande, diminuindo a sua pressão e a sua temperatura. Se a explosão acontece no ar, na água ou em algum sólido há transferência de energia do gás resultante do explosivo para o meio circundante (o meio circundante sofre trabalho e absorve calor), produzindo ondas de choque que transportam parte da energia liberada na explosão.

Se a explosão acontecer em vácuo absoluto o gás resultante da explosão se expandirá e, devido à sua alta temperatura, irradiará energia eletromagnética, portanto perdendo energia. Desta forma a energia liberada na explosão vai para os gases também liberados na explosão que acabam por se resfriar graças à irradiação.

Cabe ainda um comentário importante sobre a afirmação “uma onda sonora não se propaga no vácuo”. O que usualmente é considerado como vácuo na verdade é um gás em baixa ou baixíssima pressão. Mesmo no espaço interplanetário ou intersideral existe gás em baixíssima pressão, sendo assim possível a propagação de ondas sonoras. Mais detalhes sobre o tema consultar página 15 da dissertação de Mestrado Profissional em  Ensino de  Física (UFRJ), de Sergio Tobias da Silva,  intitulada PROPAGAÇÃO DO SOM: CONCEITOS E EXPERIMENTOS, disponível em  http://www.if.ufrj.br/~pef/producao_academica/dissertacoes/2011_Sergio_Tobias/dissertacao_Sergio_Tobias.pdf

“Docendo discimus.” (Sêneca)

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