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O que veríamos se o mar desaparecesse?

Prof tenho uma curiosidade, suponha que estou olhando o horizonte na praia de frente para o mar, e que de repente o mar desapareceu, o que verei agora diante dos meus olhos e onde estará o horizonte?

Respondido por: Prof. Fernando Lang da Silveira - www.if.ufrgs.br/~lang/

Dependerá do relevo do leito do oceano. Responderei admitindo que estejamos na beira do mar brasileiro, em especial aqui no RS onde não há ilhas em frente ao litoral.

Como a plataforma continental brasileira não está muito abaixo da superfície da água (no máximo cerca de 200m de profundidade), é pouco inclinada, e tem extensão de dezenas de quilômetros ou até mais de uma centena de quilômetros, se o mar desaparecesse enxergarias uma rampa pouco inclinada. O horizonte estaria então um pouco abaixo do que o vemos na beira da praia e ele estaria um pouco mais recuado do que se apresenta agora.

Se houver ilhas em frente à praia, veremos elevações sobre a planície levemente inclinada.

Mais sobre o horizonte no mar em

Distância ao horizonte: navio “afundado”!

Ainda sobre a distância ao horizonte!

“Docendo discimus.” (Sêneca)

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Ciclamio Barreto – Caramba! Que hipótese! É como aquela do apagão instantâneo do Sol. E também similar àquela que justifica desprezar a resistência do ar sobre corpos em movimento supondo que seja suprimida a atmosfera. Todas são hipóteses exóticas e inusitadas que, caso realizadas, modificariam de algum modo o ambiente propiciando novos fatores a serem considerados, o que provavelmente implicaria na necessidade de reformulação das respostas.

Fernando Lang da Silveira – De fato é uma hipótese exótica!   Talvez Noé tenha observado algo semelhante quando finalmente as águas do dilúvio desapareceram.  😉

Toma a minha resposta como uma “licença poética” de aniquilar o mar sem entretanto mudar mais nada no universo! Mas por favor não coloca esta questão no próximo ENEM! :-O

Vale ainda lembrar que às vezes a chegada de um tsunami é antecedida por um grande recuo no mar, produzindo o efeito imaginado em pequena escala como está relatado, por exemplo, pelo brasileiro João Sombra que estava com seu veleiro em Phuket na Tailândia em 26 de dezembro de 2004: “A grande baía de acesso ao estaleiro começou a secar de forma espantosa; os peixes pulavam no seco. (…) Isso durou cerca de 20 minutos e de repente no horizonte algo começou a crescer. Uma grande onda principiava. Era algo monstruoso!” (Jornal Zero Hora, Porto Alegre, RS, 28/12/2004; p. 10).

Em outros locais o “desaparecimento” do mar acontece devido aos efeitos de maré. Na baía de Fundy na Nova Escócia o nível do mar pode variar mais de uma dezena de metros em questão de 6 horas.

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