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Faixas de Mach existem apenas na nossa percepção!

Esta postagem trata das conhecidas faixas de Mach que todos nós enxergamos (e possivelmente todos os animais com retina semelhante à nossa), e que de fato não existem fora de nós.

Respondido por: Prof. Fernando Lang da Silveira - www.if.ufrgs.br/~lang/

Temos concordância intersubjetiva de que há uma faixa mais clara logo no início da região clara e uma faixa mais escura no início da região escura indicadas pelas marcas na borda direita da figura.

Entretanto tais faixas não tem realidade objetiva pois objetivamente as faixas não diferem do restante da região clara ou escura. Em caso de dúvida, leve a imagem para um editor de imagens e teste com a ferramenta que indica cor.

Ernst Mach (1838-1916), físico renomado, primeiro catedrático em Filosofia da Ciência em uma universidade européia (Viena, cátedra de Lógica das Ciências Indutivas), psicofísico, estudou tais faixas e reconheceu que de fato elas não existem fora de nós. Elas decorrem de um mecanismo na retina, a chamada “inibição lateral“, que faz com que cada sensor na retina não responda apenas pela intensidade luminosa sobre ele mas produza uma resposta que depende também dos sensores vizinhos. A inibição lateral cumpre um papel importante para nossa visão, qual seja o de delimitar mais nitidamente as bordas de objetos vistos contra um fundo iluminado; a região de transição entre uma parte pouco iluminada e outra muito iluminada fica dessa forma estreitada e bem marcada.

Esta é mais uma “prova” de que a concordância intersubjetiva não garante a objetividade.

Postagem do CREF relacionada com esta: Por que vemos objetos pretos?

“Docendo discimus.” (Sêneca)

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Rodrigo Motta –  Olá Prof. Fernando. Parece que o uso da inibição lateral no “tratamento” e processamento de imagens anda sendo bem pesquisado. Não sei se vai te interessar, mas achei esse estudo interessante: http://isi-dl.com/downloadfile/117644

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