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Efeito termoiônico: como acontece e para onde vão os elétrons?

Prezados colegas,em relação à formação de imagens em um tubo do tipo CRT,como são gerados os “termoelétrons”? E depois de colidirem contra a película no vidro do tubo,o que acontece com os elétrons? O que acontece com o material de onde seriam retirados esses elétrons? Isso parece entrar em conflito com alguns conceitos da Química que tratam os elétrons como partículas materiais.Obrigado

Respondido por: Prof. Fernando Lang da Silveira - www.if.ufrgs.br/~lang/

Quando se aquece um metal os seus elétrons ganham energia cinética e alguns deles podem apresentar uma quantidade de energia cinética suficiente para ultrapassar a barreira de potencial existente na superfície do condutor. Vide Pq os elétrons não deixam o cobre?

Este conhecimento remonta ao final do século XIX e permitiu a construção de tubos de raios catódicos (CRT ou TRC), com cátodo quente, naquela época.

Desta forma a origem dos “termoelétrons” é o próprio metal aquecido.

Os elétrons são absorvidos primeiramente pelo vidro, determinando que o vidro se eletrize negativamente. Nos velhos tubos de imagem de aparelhos de TV era possível observar tal eletrização quando aproximávamos da tela os pelos de nossa mão ou braço e eles se eriçavam.

Da mesma forma que um corpo eletrizado por atrito acaba por perder os seus excedentes de carga para o ar, também a carga depositada no vidro do tubo acabava por ser absorvida pelo gás tanto no interior do tubo quanto no exterior.

O metal de onde os elétrons foram originados está conectado a um circuito externo que conduz a corrente elétrica que  o aquece. A matéria em geral, e os metais em particular, são reservatórios de elétrons. Qualquer quantidade de elétrons trocada em processos de eletrização é muitas ordens de grandeza inferior à quantidade de elétrons livres existente nos metais pois em cada milímetro cúbico de metal existe uma carga -10 coulombs associada aos elétrons livres exclusivamente. Ou seja, o próprio cátodo e os condutores externos aos quais ele está ligado, constituem-se em reservatórios imensos de elétrons dos quais saem (são ejetados) os “termoelétrons”.

Finalmente, para fins de entendimento desses processos, o modelo de elétron como uma partícula carregada é adequado.

Sobre o efeito temoiônico vide na Revista Brasileira de Ensino de Física o artigo O Efeito Termoiônico: Uma Nova Proposta Experimental.

“Docendo discimus.” (Sêneca)

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