Desgaste do gás em lâmpadas fluorescentes?
29 de maio, 2019 às 12:22 | Postado em Óptica, Radiação
Respondido por: Prof. Fernando Lang da Silveira - www.if.ufrgs.br/~lang/O gás utilizado utilizado em lâmpadas fluorescentes desgasta com o tempo ou com o uso?
Existem muitas causas para que uma lâmpada fluorescente deixe de funcionar (vide Fim da vida útil).
Pode acontecer lenta entrada de ar na lâmpada fluorescente, aumentando a pressão no seu interior e finalmente tornando-a inoperante. O gás, o vapor de mercúrio juntamente com argônio ou xenônio, dentro da lâmpada deve estar a uma pressão bem mais baixa do que a pressão atmosférica (cerca de 3 miliatmosferas) para sustentar o processo que permite a emissão de luz em tensões da ordem de 100 V.
A emissão de luz na faixa do visível não se dá primariamente no vapor de mercúrio pois este emite preferencialmente radiação ultravioleta (RUV). A RUV excita o material fluorescente no revestimento interno do bulbo da lâmpada, e então graças ao processo de fluorescência, há emissão de radiação visível (luz).
Entre tantas causas para o mau funcionamento ou a inoperância final da lâmpada está a perda de vapor de mercúrio por adsorção no vidro e nos materiais que revestem internamente o bulbo da lâmpada, o que poderia ser impropriamente considerado como um “desgaste” do gás. Esta adsorção produz o comportamento registrado na figura 1.
“Docendo discimus.” (Sêneca)
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