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Objeto movendo-se através de uma região na qual existe campo magnético uniforme

Professor Lang, estudando eletromagnetismo, estou me deparando com um problema que não estou sabendo trabalhar. É o seguinte: um objeto metálico entra em uma região com velocidade constante (numa região de campo magnético constante e perpendicular à velocidade) ele deve se polarizar devido ao efeito Hall, surgindo portante uma f.e.m induzida, certo? Porém, algumas questões falam da seguinte situação: uma espira retangular entrando numa região de campo magnético uniforme e pede-se para determinar o sentido da corrente induzida. Na resolução de tais questões, eu tenho visto o raciocínio de enquanto a espira está entrando/saindo na região do campo há corrente induzida, pois há variação de fluxo magnético. Porém quando a espira está se movimentando na região do campo, diz-se que não há corrente induzida, pois não há variação de fluxo magnético. Meu questionamento é, não acontece o efeito Hall nessa situação? E se ele acontece então não deveria ter uma corrente induzida na espira mesmo quando ela estivesse completamente para dentro da região de campo magnético? Obrigado desde já

Respondido por: Prof. Fernando Lang da Silveira - www.if.ufrgs.br/~lang/

Há um ano atrás fizeste um pergunta relacionada com a atual e que vale consultares: FEM de movimento.

Quando um objeto se move através de uma região onde existe um campo magnético, sobre qualquer pequena extensão do corpo, não paralela ao campo e à velocidade, existe uma fem de movimento.

Entretanto se o campo é uniforme e a velocidade é constante, pode-se demonstrar que sobre um percurso fechado contido no objeto (circuito), a fem efetiva ao longo de todo o percurso é nula (a integral da força não eletrostática sobre uma carga unitária é nula no circuito). Então, mesmo sendo o objeto condutor, não haverá corrente neste percurso. Em partes do percurso fechado podem existir transientes de corrente até que a polarização eletrostática do condutor cria um campo elétrico que, exercido sobre as cargas livres do condutor, anula a força não-eletrostátíca, cessando assim a corrente elétrica.

“Docendo discimus.” (Sêneca)

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