Objeto movendo-se através de uma região na qual existe campo magnético uniforme
28 de outubro, 2017 às 12:00 | Postado em Eletromagnetismo
Respondido por: Prof. Fernando Lang da Silveira - www.if.ufrgs.br/~lang/Professor Lang, estudando eletromagnetismo, estou me deparando com um problema que não estou sabendo trabalhar. É o seguinte: um objeto metálico entra em uma região com velocidade constante (numa região de campo magnético constante e perpendicular à velocidade) ele deve se polarizar devido ao efeito Hall, surgindo portante uma f.e.m induzida, certo? Porém, algumas questões falam da seguinte situação: uma espira retangular entrando numa região de campo magnético uniforme e pede-se para determinar o sentido da corrente induzida. Na resolução de tais questões, eu tenho visto o raciocínio de enquanto a espira está entrando/saindo na região do campo há corrente induzida, pois há variação de fluxo magnético. Porém quando a espira está se movimentando na região do campo, diz-se que não há corrente induzida, pois não há variação de fluxo magnético. Meu questionamento é, não acontece o efeito Hall nessa situação? E se ele acontece então não deveria ter uma corrente induzida na espira mesmo quando ela estivesse completamente para dentro da região de campo magnético? Obrigado desde já
Há um ano atrás fizeste um pergunta relacionada com a atual e que vale consultares: FEM de movimento.
Quando um objeto se move através de uma região onde existe um campo magnético, sobre qualquer pequena extensão do corpo, não paralela ao campo e à velocidade, existe uma fem de movimento.
Entretanto se o campo é uniforme e a velocidade é constante, pode-se demonstrar que sobre um percurso fechado contido no objeto (circuito), a fem efetiva ao longo de todo o percurso é nula (a integral da força não eletrostática sobre uma carga unitária é nula no circuito). Então, mesmo sendo o objeto condutor, não haverá corrente neste percurso. Em partes do percurso fechado podem existir transientes de corrente até que a polarização eletrostática do condutor cria um campo elétrico que, exercido sobre as cargas livres do condutor, anula a força não-eletrostátíca, cessando assim a corrente elétrica.
“Docendo discimus.” (Sêneca)
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